segunda-feira, 31 de maio de 2010

darei-te o mar que conquistei





Darei-te o mar que conquistei.
E as palavras que aprendi.
Darei-te os poemas que fabriquei.
Para poder amar-te.

Darei-te as folhas do outono.
Das plantas que não desfolham.
E todas as flores da primavera.
Que desabrocharem no meu jardim.

Darei-te raios de sol de inverno.
Nos dias frios para te esquentar.
E quando o verão chegar.
Buscarei a brisa no mar.

Darei-te fantasias de meninas.
Festas, folguedos, folias.
Passeios, danças, alegrias.
E tudo que eu possa alcançar.

Darei-te uma cama macia.
Um sono gostoso e tranqüilo.
E no despertar do novo dia.
Café na cama e sorriso.

Darei-te um filho bonito.
Assim parecido comigo.
E cresça feliz e nos der.
A felicidade de sermos seus pais.

PEDRO ARUVAI

domingo, 30 de maio de 2010

minha poesia ruim



Minha poesia é ruim.
Meu verso chinfrim é azedo.
Não tenho muito segredo.
Não sei escrever verso assim.

Assim eu digo sem medo.
Que sou um poeta chinfrim.
De rima pobre de mim.
A pobre poesia sem enredo.


Botei nesse caso um fim.
Não faço poema tão cedo!
Poesia não é brinquedo.
E vou cuidar de meu jardim.

Nos troncos dos arvoredos.
Onde nem nasce o capim.
Para sempre enterrarei o segredo.
Desses meus versos chinfrim.

PEDRO ARUVAI

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uma arvore ainda em vida



Uma arvore ainda em vida.

Muitas foram derrubadas.
A estradinha entortada.
Coisas não percebidas.


Quem ver coisa calada.

Não sabe a dor que é doída.

No silencio da estrada.

Nas arvores que estão caídas.


Olho que não ver nada.

Só ver coisa percebida.

Não ver a dor passada.
Quando essa terra foi ferida.


PEDRO ARUVAI

terça-feira, 25 de maio de 2010

choro da arvore



Chora a arvore porque não quer
ser arrancada de seu chão
na ribanceira do rio
as aguas levam a terra de suas raízes.

Tantas folhas que caíram
que a arvore não viu secar
agua do rio levou para longe
sabe lá para qual lugar.

Quantas flores foram levadas
pelas aguas a outro mundo
que a arvore desconhece
suas flores foram enfeitar.

Quantas sementes levadas
não nasceram perto da mãe
onde seus galhos poderiam
dar-lhes alguma proteção.

Onde deixaram as aguas
suas sementes que levou
em que terra, em que mundo
nasceram e se fizeram arvore ?

Chora a arvore por ver
suas raízes desenterradas
pelas aguas que passando
vão lavando-as, até levá-las.

PEDRO ARUVAI

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Meu verso



Meu verso não é commodities
Bem sei que ele não pode
Ser energia nuclear.

Reator que explode
Quando a agua lhe sacode
Faz a energia gerar.

Meu verso é berro de bode
Bicho que só morde
Se a estupidez provocar.

PEDRO ARUVAI

sexta-feira, 21 de maio de 2010

não sou um sujeito perfeito



Não sou um sujeito perfeito

sou feito do jeito que sou
de erros e atos mal feitos
do jeito que é feito o amor.

Mas tu eu trato de um jeito
dum jeito que ninguem tratou
e guardo-te dentro do peito
para ser o meu perfeito amor.

Se nada no mundo é perfeito
farei tudo que possível for
para que meu defeito e seu jeito
façam um par perfeito no amor.

PEDRO ARUVAI

quinta-feira, 20 de maio de 2010

vem se misturar comigo



Vem se misturar comigo

faço-lhe coisas bonitas
acreditas no que eu digo
fica comigo e acredita

Que amar não tem perigo
perigo é para quem evita
faz da solidão castigo
o medo de amar lhe castiga.

Vem viver no meu abrigo
ser minha rosa e margarida
para sempre viver contigo
misturando a nossa vida!

PEDRO ARUVAI

terça-feira, 18 de maio de 2010

brinquedos



Brinquedos velhos
senti a falta de você
das tardes simples
riscada em giz
palavras feitas
nunca mais fiz.

Onde se esconde
seus olhos jovens
que eu mais vi
voz de inocência
que sem saber
falar as coisas
fala tanto.

PEDRO ARUVAI

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